Estamos nos importando ainda mais com o impacto que temos no mundo e em como as nossas ações podem beneficiar ou prejudicar o planeta, mas e as grandes empresas, será que também estão olhando para isso? Nesse artigo você vai poder entender mais sobre o que é ESG e como as empresas estão se adaptando a ele!
Você já se perguntou qual o equilíbrio entre gerar valor para si e para o mundo e como as empresas devem se portar em relação a isso? E, principalmente, como as pessoas e investidores reagem a tudo isso?
Olha, certamente não existe uma resposta simples e fácil para essas questões, mas buscar por elas é urgente!
O que é ESG?
Criado em 2005 com o relatório Who Cares Wins, ESG (em inglês: Environmental, Social and Governance) é uma pauta que considera boas práticas em questões ambientais, sociais e de governança, que deixou de ser uma escolha de posicionamento e passou a ser uma prioridade estratégica para os principais líderes do mundo.
Assim como parte das pessoas buscam ter um estilo de vida mais sustentável, empresas do mundo todo também estão se preocupando em adotar medidas que estejam alinhadas com as boas práticas sugeridas por essa pauta.
No entanto, segundo pesquisa realizada pela MCKinsey Global Institute, apenas 15% das empresas no S&P500 ainda não possuem essas boas práticas incorporadas em sua atuação.
Aqui no país esse é um movimento ainda recente, acelerado em 2020, mas nos Estados Unidos, por exemplo, já é algo muito mais estruturado.
E o que envolve cada sigla do ESG?
Se preocupar com os três valores do ESG traz benefícios não só para a empresa em si, mas também para a sociedade e investidores que se preocupam com pautas socioambientais.
Quando olhamos para esses valores individualmente, fica ainda mais fácil de entender como os negócios podem aderir a esse movimento. Abaixo listamos o que cada valor leva em conta:
- E – Está relacionado às ações com impactos ambientais, desde a forma como um negócio consome os recursos naturais e mitiga seu impacto ambiental. Por exemplo, fazendo a gestão de resíduos, etc.
- S – Representa as relações com instituições e comunidades onde o negócio está inserido, o ambiente de trabalho, relações de diversidade e inclusão.
- G – São as práticas internas de gestão e administrativas da empresa, que considera desde a transparência, ética, a preservação de valores, etc.
Como pode perceber não se trata apenas de uma opção estar envolvido ou não, porquê de certa forma todos estamos. E ao mesmo tempo não deveria ser visto como um ideal, mas sim como algo que todas as empresas deveriam buscar.
Por isso o que devemos mudar é a forma como enxergamos essas práticas. Não é sobre pensar se essa pauta vai ser cara demais para a empresa e sim que o negócio pode estar sendo pesado demais para o mundo, e se não houver mundo, não há empresa.
Não há como ignorar que todo negócio possui questões relacionadas ao ESG para avaliar.
O grande desafio na verdade é usar essa conexão para criar valor, não passando despercebido ou tratando como algo que seja urgente.
O que falta para que mais empresas tenham atuação em práticas ESG?
Existem diversas condutas para a avaliação das atividades e criação de relatórios levando em consideração cada valor do ESG.
De forma geral, quando falamos sobre esse assunto, é preciso que cada empresa entenda qual o seu papel perante a sociedade e o mundo.
E então, a partir disso desenhar ações de impacto ora diminuindo o impacto negativo, ora gerando impacto positivo, ora compensando impactos negativos que não podem ser reduzidos.
Porém, essas ações devem ser abordadas de forma sistêmica, envolvendo desde o fornecedor de insumos até o consumo do produto ou serviço por parte do cliente.
Cabe aos líderes aproveitar esse movimento para olhar, inclusive, para os processos e cultura de toda a empresa, buscando soluções e engajando todos os envolvidos.
Não podem ser ações ‘da boca pra fora’ ou ‘da porta pra fora’. Aos mais visionários, essa é uma oportunidade de criar mais valor, fortalecer a cultura interna, se conectar mais com os consumidores ao mesmo tempo que faz o bem para o mundo.
Investimentos sustentáveis
Já abordamos a preocupação do investidor em saber quem é o rosto por trás de seus investimentos, acontece que cada vez mais não só investidores mas também gestoras brasileiras estão se adaptando e inserindo critérios de análise da pauta ESG na hora de selecionar seus ativos.
Das formas já divulgadas por eles, algumas são:
- Adesão das empresas ao GRI: organização que ajuda as empresas nas ações e relatórios de práticas e resultados da agenda ESG;
- Apoio ao PRI: rede de investidores apoiada pela ONU que difunde a importância de incluir questões de ESG às decisões de investimentos;
- Análise dos relatórios e resultados das práticas ESG divulgados pelas empresas.
Dentre elas, há aquelas que se destacam por levantar a bandeira e assumirem um papel muito ativo nessa discussão, enquanto outras têm feito isso de maneira muito sutil.
É preciso estar atento ao Greenwashing
Com o assunto em alta e as empresas percebendo que podem ganhar ainda mais dinheiro se utilizando do termo, é preciso ir mais a fundo para descobrir se tudo não passa de uma grande ação de marketing.
A Harris Poll realizou em 2021 em 16 países uma pesquisa anônima com mais de 1,491 CEOs e outros executivos C-Level de empresas com mais de 500 funcionários sobre seus compromissos com a sustentabilidade.
O resultado da pesquisa mostrou que 58% dos líderes de empresas globais e 68% dos líderes de empresas americanas admitiram que suas próprias companhias praticam greenwashing (termo em inglês para descrever empresas “de fachada” quando o assunto é sustentabilidade, sem a intenção de um compromisso genuíno com a pauta).
Na dúvida, reforçamos a importância de se estudar sobre a empresa ou a gestora em que está investindo. Busque conteúdos independentes e entenda o real impacto dos seus investimentos na sociedade.
Aliar seu portfólio de investimentos a um propósito socioambiental
Alguns anos atrás não haviam tantas opções para o pequeno investidor que tinha esse como objetivo, mas atualmente há algumas opções no mercado.
O importante é entender que o dinheiro assume papéis diferentes a depender do contexto.
Quando a gente pensa nele como ferramenta para viver uma vida que faça sentido, apoiando movimentos que acreditamos e que contribuam com o futuro que queremos, olhamos para esse mesmo dinheiro de forma totalmente diferente, onde ele passa a ser então um catalisador!
Para além do impacto em si, o investidor busca uma boa relação entre risco e retorno.
E isso traz alguns pontos, sendo um deles o fato de que empresas com responsabilidade socioambiental conseguem reduzir riscos e surpresas desagradáveis no longo prazo, já que conseguem se conectar com o movimento sustentável que é crescente e conquistam confiança do mercado.
Como disse, hoje existem diversos produtos e seleções de ativos ESG, que você pode incorporar à sua estratégia de portfólio, ao seu perfil de investidor e também aos seus objetivos.
Caso tenha interesse em saber mais sobre o assunto e começar a fazer parte desse movimento de mercado tão importante entre em contato com uma de nossas planejadoras e agende uma primeira conversa gratuitamente.
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