Muitas empresas e autônomos têm se visto em uma grande encruzilhada nos últimos tempos: como manter o faturamento, sendo que grande parte dos produtos e serviços não fazem mais sentido no mundo atual? Ou, de que outras formas atuar, se determinado serviço não pode ser entregue devido às condutas de isolamento? Como vender, no mínimo, o necessário para pagar as contas do negócio?
Bom, tenho uma notícia para você: o mundo mudou, provavelmente ele nunca mais será o mesmo, e para vender nesse ‘novo mundo’, você também precisa mudar o seu olhar sobre o que você oferece para ele.
Mas como entender o que pode ser oferecido?
A grande questão é entender o que as pessoas precisam agora e o que você consegue oferecer nesse momento – tudo aquilo que se encaixar entre esses dois conjuntos são possibilidades reais pra você melhorar o seu faturamento, ou semear possibilidades futuras.
A estratégia mais rápida, a um primeiro momento, é adaptar o que você já oferece para essa nova realidade. Mas, um bom caminho também é criar outras opções considerando todas as novas demandas que temos percebido nesse período de quarentena: necessidade de entregas em casa, carência de conexões com o mundo externo e com pessoas queridas, soluções mais rápidas e simples – tudo isso sem contato físico com outras pessoas.
“Isso eu sei, mas não consigo aplicar nada no meu negócio!” – bom, se você não está conseguindo enxergar muitas possibilidades, eu trouxe aqui algumas opções de como o mercado vêm tirando algumas cartas da manga:
Como se reinventar na prática e o que outros negócios estão fazendo
(1) Chegue até o seu cliente – claramente essa foi a opção onde os negócios mais facilmente se adaptaram, já que deliveries dos mais variados ramos explodiram no últimos meses. No entanto, é preciso cuidado! Coloque todos os custos (inclusive com o pagamento dos aplicativos de entrega) para entender o resultado final. Além disso, entenda se realmente tudo o que você oferece cabe ser ofertado em um sistema de Delivery, e se o seu produto chegará com qualidade suficiente até o cliente – um exemplo polêmico é a famosa batata frita, que quase nunca chega com qualidade para o consumidor final.
(2) Ensine o que você sabe fazer – pessoas que pagam um terceiro para realizar um serviço, o fazem por três motivos: ou não sabem fazer, ou não têm tempo, ou entendem que outra pessoa faz melhor do que elas. E para qualquer um desses três casos, aprender a fazer tal serviço (seja aprender do zero, aprender a fazer melhor ou mais rápido) é uma demanda muito grande. Não por acaso, um case de sucesso é uma diarista que está ensinando outras pessoas as melhores formas de arrumação e limpeza. Veja bem, não é sobre ser um expert em cursos on line e Hotmart. É sobre ensinar o que você sabe fazer bem e que outras pessoas precisam aprender!
(3) Ofereça experiências e sentimentos que a pessoas precisam no momento – mais do que nunca o mundo sente necessidade de se conectar, enviar e receber carinho e cuidado dos amigos e familiares. Por isso, oferecer essas experiências é uma excelente opção! Pense de que forma o seu produto ou serviço pode levar cuidado, atenção, segurança, e demonstrações de afeto às pessoas. Seja como os musicistas que se apresentam em verdadeiras serenatas às mulheres grávidas que não puderam realizar chás de bebê, seja através de uma entrega diferenciada de produtos como livros, doces e flores. (Vale lembrar que, independente de para onde o mundo caminhar, as datas comemorativas continuarão tendo o seu valor e seu espaço na vida das pessoas!).
(4) Crie barreiras físicas para o atendimento – para quem é do ramo de serviços, especialmente daqueles que a princípio precisam de um contato bem direto com o cliente, é preciso pensar: de que forma se pode criar barreiras físicas durante o atendimento? Um caso prático dessa estratégia são manicures que estão atendendo através de divisórias transparentes, tendo contato físico apenas com as mãos os ou pés do cliente.
(5) Venda pequenas amostras do que você oferecia anteriormente – se a capacidade de compra do cliente mudou no momento, ou se a própria demanda do mercado foi alterada, que tal rever o que você entrega e oferecer uma opção mais enxuta? Um ótimo exemplo dessa estratégia são as casas de festas que têm oferecido “Kits festa” com um pequeno bolo, poucos salgadinhos e uma decoração simples, mas afetiva. Quem também usou dessa estratégia fomos nós, da Papo de Valor. Entendendo que, em alguns casos, pessoas e empresas precisam de uma orientação mais pontual, ou clareza para uma decisão mais específica, passamos a oferecer sessões de consultoria individual para negócios.
(6) Pense digital – o mundo está e vai ficar cada vez mais digital. Nós fomos praticamente empurrados a conhecer as ferramentas que existem, e agora que aprendemos, elas vão fazer parte da rotina mais do que nunca! Por isso, como a demanda como um todo vai mudar, pense de que formas você pode atendê-la, e nas melhores formas para isso. Não tem melhor exemplo para essa estratégia do que as lives musicais – que uniram, sim, muita solidariedade e entretenimento, mas algumas aconteceram mediante patrocínios impensáveis. Melhor exemplo de estratégia de como levar um produto ou serviço para o digital, impossível! Aqui cabe uma observação: inclusive, é bem possível que o seu custo fixo diminua nessa nova vertente. Fazer as contas e descobrir qual o melhor caminho para o seu negócio, pode, inclusive, te trazer maior margem de negociação com o seu cliente potencial.
Agora… mãos à obra!
Tenho certeza que com essas estratégias e cases de sucesso, você já consegue ter bons insights para o seu negócio. Mas lembre-se sempre: levante os seus custos, tenha segurança sobre qual preço cobrar e entenda a sua capacidade de desconto – tudo isso sempre foi fundamental, e agora, mais do que nunca!
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