“Ah, Vívian! Mas eu queria um investimento sem risco, seguro e que rendesse muito”. Já perdi as contas de quantas vezes escutei isso e minha reação é sempre a mesma: Eu também queria. Mas não existe. E já quero começar esse papo nosso com uma pergunta-reflexão:
O que nessa vida está livre de riscos?
Eu, particularmente, não consigo pensar em nada.
Há geralmente o risco que de fato existe e também a nossa percepção de risco. E essas podem ser coisas muito diferentes, principalmente para os iniciantes e ainda leigos no mundo dos investimentos. A confusão entre esses dois pontos precisa ser resolvida e o caminho para isso é o conhecimento.
É comum vermos pessoas falando que não investem na bolsa de valores porque é arriscado, mas possuem ‘um dinheirinho’ lá nas bitcoins porque o taxista falou que tá ganhando dinheiro. Uma prova disso é que lá em 2018, quanto as criptomoedas se tornaram mais populares, o número de brasileiros que investiam nelas era o dobro dos investidores em ações.
Pra não assumir risco, é melhor não investir?
Bloqueados pelo medo dos riscos dos investimentos, muitos optam então por deixar seu dinheiro na própria conta corrente, na caderneta de poupança ou até embaixo do colchão. Seria menos arriscado assim?
Um ponto que poucos analisam é em relação à perda do valor do dinheiro ao longo do tempo. Pode parecer seguro deixar o dinheiro ali dentro do guarda roupa, mas na verdade estamos mensalmente perdendo poder de compra. A média da inflação nos últimos 20 anos no Brasil é de 6,5% ao ano aproximadamente. Isso significa que a cada ano o seu dinheiro perde 6,5% de valor real.
Não investir é ter a certeza de que vai perder dinheiro todos os meses.
“Quer dizer então que de um lado eu perco e do outro tenho risco, é isso?“
É isso. E entre perder ou assumir um risco (de ganhar ou perder), qual lado você escolhe?
E que risco é esse?
Não é somente um, na verdade. E nem são os mesmos para todos os investimentos. Cada classe de ativos possui uma estrutura, característica e regras diferentes. Por isso a importância de entender exatamente onde investir.
No nosso curso Start: Reserva Financeira falamos de forma mais detalhada sobre os riscos nos investimentos mais adequados para quem está começando, veja aqui mais informações. (adianto que o preço é acessível, a linguagem didática e a comunicação de venda é super transparente, sem gatilhos pra te forçar a comprar nada, tá?)
A melhor forma de identificar esses riscos é refletir sobre as características de cada investimento. Por exemplo:
Se você aprende que ao investir em um CDB você está emprestando dinheiro para um banco, quais riscos poderiam estar envolvidos?
- E se o banco quebrar e não me pagar de volta? Será que ele está com boa saúde financeira? Ou está quebrando?
- E se eu precisar do dinheiro e o banco não me pagar naquela data?
- E se o banco não me pagar e der o calote, mesmo que não tenha quebrado? Como é a política interna desse banco? Quem está por trás desse banco?
Esses pontos de risco são exatamente o que deve estar na sua análise antes de investir seu dinheiro. No caso do CDB envolveria fazer uma análise do histórico e do crédito do banco emissor e ainda, da liquidez, vencimento e carência do título em questão. (Ensinamos isso no curso, tá?)
Maior risco, maior retorno ou maior tombo, certo?
Geralmente sim, mas não necessariamente. De certa forma o risco x retorno é diretamente relacionado, ou seja, maior o risco, maior o retorno possível. Porém existem alguns ativos que saem um pouco dessa regra, apresentando alto risco e baixa possibilidade de retorno.
Para uma análise mais precisa, é preciso fazê-la no prazo correto. Se pensamos em um (bom) fundo de ações, por exemplo, e queremos analisar seu risco x retorno para um prazo de 6 meses, provavelmente teremos um resultado bem ruim. Mas, se olhamos para o mesmo fundo como um investimento para mais de 10 anos, temos uma análise um pouco melhor.
Essa é uma chave importante para sua evolução enquanto investidor.
Muitas pessoas investem em ativos de maior risco envolvido (os fundos de ações, por exemplo), que possuem características de longo prazo e querem que os resultados sejam ótimos e consistentes logo nos primeiros três meses. Não é assim que funciona. É preciso ajustar a sua expectativa em relação ao prazo e à classe de ativos também.
Como lidar com o risco nos meus investimentos?
Listei seis pontos pra te ajudar com isso:
- Entenda o investimento
- Mapeie e analise o risco de cada ativo
- Defina janelas e critérios para acompanhar
- Tenha uma carteira de investimentos diversificada
- Alinhe sua carteira com o seu perfil de investidor
- Estruture sua carteira conforme os seus projetos de vida
Qualquer dúvida ou comentário, pode deixar aqui abaixo que será um prazer conversarmos mais. Aqui na Papo de Valor podemos te ajudar nessa jornada de algumas formas diferentes.
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