Como promover o crescimento do seu negócio (De forma sustentável, é claro!)

Um objetivo comum a grande parte dos empreendedores é buscar o crescimento do negócio – mas segue um conselho de quem lida diariamente com empresas dos mais diversos ramos e tamanhos: mais importante do que saber como levar uma empresa ao crescimento é saber como fazer isso de forma segura e sustentável a longo prazo.

Aliás, ouso dizer que o mais importante mesmo é saber o porquê buscamos esse crescimento. é uma demanda do cliente?

é um sonho pessoal? – e olha, está tudo bem se for!

é pressão social do mercado? – o famoso “fulano tem um escritório, então eu tenho que ter também”.

Vamos analisar. Crescer pode significar aumentar as vendas, investir em uma estrutura maior (ou cada vez maior), chegar em novos lugares físicos ou de atuação.. o que não falta é opção de como crescer.

E a partir desse entendimento, existem algumas possíveis armadilhas – mas existe um caminho seguro também.

Se existe um problema hoje, quanto maior o negócio for, maior o problema será.

Quando um modelo de negócio não é financeiramente sustentável, quanto mais essa empresa cresce, menos ela se torna viável. Se o produto ou serviço está com a precificação errada, uma quantidade maior de vendas só aumenta o problema de caixa.

Entende onde está o problema? É preciso ter muita clareza do desempenho atual para apostar mais e mais fichas nele. Ou você, conscientemente, apostaria seu dinheiro, tempo e energia em um time que vem perdendo? Pois é.

Então anota aí:

O primeiro degrau para um crescimento sustentável é ter clareza da situação atual.

Agora vamos pensar que seja o caso de ter um espaço físico novo ou investir em uma estrutura para aumentar a capacidade de produção. Tudo isso envolve mais custos, e só faz sentido promover esse crescimento em um cenário onde o retorno financeiro alcançado com esse novo modelo for suficiente para cobri-los.

E aí entra a tal da clareza de novo! Se você não tem, na ponta da língua, qual resultado busca com esse crescimento, você também não faz ideia se ele vai pagar os custos que envolve.

E nesse ponto entra o entendimento da sua nova capacidade de resultado considerando o quanto o mercado consegue (e quer) absorver da sua futura produção – isso é onde, financeiramente falando, você vai chegar com o crescimento proposto. O outro lado da balança é o custo envolvido nesse aumento de produção.

Assim, o segundo degrau é entender o retorno financeiro esperado e os custos necessários para esse crescimento.

Vamos lá, quanto maior a sua estrutura ou quanto mais você investe em produção, maior é o risco que você está assumindo.

(parêntese necessário: você, dono do negócio, faz compromisso com cada funcionário que admite, com cada fornecedor ou terceirizado que contrata, com o dono do imóvel que você aluga.. você faz vários compromissos, e eles são seus – não é do banco, nem do Governo. ok?)

E nada mais coerente que você tenha mais resultado financeiro quanto maior o risco que assume – do contrário não faz muito sentido. Já diria o Gustavo Cerbasi:

não podemos nos dar por satisfeitos com qualquer lucro gerado pela empresa, mas, sim, com um lucro mínimo que justifique os riscos assumidos

E ele emenda:

seu suor tem um preço!

Logo, o terceiro passo é saber se o retorno financeiro alcançado com esse novo modelo é proporcional ao risco assumido

Pra finalizar, o último degrau de um crescimento sustentável é se preparar para esse novo cenário de crescimento, estruturar em todos os aspectos – não só no planejar cada detalhe, mas também entendendo que qualquer fase de transição coloca o negócio em instabilidade. E aí, todo pequeno trilho fora do lugar aparece e se torna uma imensa pedra no sapato. Então oh:

Não se esqueça de se preparar para essa fase de instabilidade inevitável!

Conduzir a caminhada por cada um dos degraus, com bastante calma e proporcionando as reflexões (e contas) necessárias, é o que fazemos em nossas consultorias com foco em crescimento sustentável dos negócios.

Isso evita que o empreendedor tome uma decisão sem segurança e depois se veja trabalhando sempre mais para arcar com custos que não teria caso o processo tivesse sido mais consciente.

E já que eu citei o Cerbasi, preciso te contar a opinião dele sobre o assunto:

Se você como empreendedor não investir em seu negócio, estará abrindo espaço para um concorrente ocupar o seu espaço com um serviço ou produto melhores, inviabilizando a sobrevivência da empresa que você tem.”

*trechos retirados do livro “Empreendedores inteligentes enriquecem mais” – Gustavo Cerbasi (2016)

Larissa Brito

Planejadora Financeira na Papo de Valor, sou apaixonada por gestão financeira e acredito que isso fala mais de pessoas do que de números. Com foco em autônomos e empresas, sonho com que cada negócio leve o seu máximo potencial para o mundo, trazendo retorno financeiro, é claro!

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