Isso mesmo, 50,19% da população entre 30 e 39 anos tem nome em alguma lista de devedores e estão com o nome sujo. Um número enorme! Mais da metade dos jovens adultos não conseguem honrar seus compromissos financeiros segundo pesquisa recente do SPC Brasil.
É impactante, e uma das explicações é que é nessa fase que normalmente os gastos com aluguel, financiamento e contas domésticas começam a acontecer. Isso, aliado à falta de educação financeira é a grande causa dessa inadimplência.
As altas taxas
É fácil pedir dinheiro aos pais e dizer ao amigo que vai ficar devendo essa ou aquela cerveja do bar, mas ao chegar à vida adulta as instituições financeiras não aceitam tais desculpas facilmente. Quer dizer, até aceita, mas o preço que se paga para tal é alto.
Em 2016, o cartão de crédito fornecido pelos bancos chegou a cobrar uma taxa de juros de 419% a.a. O mais assustador desse número é que as pessoas geralmente o desconhecem, ou pelo menos evitam enxerga-lo, acarretando em dívidas que crescem em uma velocidade muito acima do que elas conseguem amortizar.
O período de crise econômica e o desemprego atual colaboraram para o aumento do número de inadimplentes, mas não são os principais culpados.
A importância da educação financeira
Como educadora financeira, identifico a falta de educação financeira como a maior causa para a irresponsabilidade com os gastos.
O consumo excessivo, as necessidades criadas a partir da influência da mídia e do meio que convivemos são fatores que levam os jovens adultos a gastarem além do que poderiam e, por consequência, não conseguem honrar seus compromissos no final do mês.
A solução é trabalhar a consciência financeira, de forma corretiva nos adultos e como prevenção nas nossas crianças.
No entanto, o jovem adulto que está endividado hoje foi, provavelmente, uma criança que não teve educação financeira. Os sonhos, a mesada e os porquinhos podem parecer ingênuos diante de um cenário de crise econômica e dívidas, mas tem um papel importantíssimo na formação do adulto do amanhã.
Aos que estão com “nome sujo” ainda há um caminho
Aos que estão nessa situação a orientação é que se organize por meio dos três passos a seguir:
- Primeiro é preciso fazer um diagnóstico real do momento vivido, listando receitas e despesas mensais, valor da dívida e taxa de juros.
- O segundo passo é fazer um planejamento financeiro cortando gastos desnecessários e realizando o pagamento do valor em aberto após negociação com a instituição.
- O próximo passo, então, é se conscientizar para que a situação não se repita.
O orçamento mensal enxuto, uma reserva financeira e a cultura de poupar parte da receita todos os meses são as bases para atingir o equilíbrio financeiro.
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