Quando contratamos uma dívida nem sempre todos os termos ficam claro.
Entender a lógica de como a ela funciona e se movimenta é o que pode te dar ferramentas para lidar com ela da melhor maneira possível. E para isso o primeiro passo é entender…
Como funcionam os juros
Sei que nessa hora já tem gente que entorta o nariz, não quer nem saber, lembra do professor de matemática do ensino fundamental. Mas entender este conceito é indispensável para muitos casos quando o assunto é dinheiro.
E para explicar isso de uma maneira leve vamos trazer um exemplo:
Vamos supor que você precise de 1.000 reais emprestado e peça para a sua amiga Lorena. E a Lorena até empresta, mas ela quer algo em troca, então ela decide te cobrar alguma coisa por isso.
Concorda que o tanto que ela vai cobrar de você depende de quanto você pediu emprestado? Não seria justo cobrar 10 reais de quem pediu 10 mil reais emprestados e os mesmos 10 reais de quem pediu mil. O risco de calote que ela corre é diferente, em um caso ela ficaria com menos dinheiro para emergências…
É por isso que juros são proporcionais
É para deixar o jogo mais equilibrado. Por exemplo, a Lorena pode decidir cobrar 1% por mês para te emprestar dinheiro. Desta maneira, se você pedisse 10 mil reais para a Lorena ela te cobraria 100 reais depois de um mês, mas como você pediu 1.000 reais o valor acordado foi de 10 reais.
E onde entra a questão do tempo?
Percebe que quando ficou combinada a taxa, também ficou definido por quanto tempo aquela taxa vale? Pois então. Se depois de um mês você pudesse pagar os 1.010 reais você já ficaria livre da dívida, mas por algum motivo você decidiu repassar apenas 500 reais.
Neste caso o que acontece?
Concorda que você pagou os juros (de 10 reais) e devolveu 490 reais para a Lorena (isso é o que a gente chama de amortização). Então 1.000 reais menos os 490, e você segue devendo 510 reais.
A Lorena usa a mesma lógica de percentual e para continuar te emprestando dinheiro calcula quanto é 1% de 510 reais, que neste caso já são 5,10 reais. E essa cobrança continua até que você já não deva nada para a Lorena.
Sobre acelerar o pagamento
Perceba que se você tivesse pagado os 1.010 reais depois de um mês você já estaria livre das dívidas e pronto.
Agora, como resolveu continuar usando dinheiro emprestado – além de devolver o dinheiro da Lorena – ainda terá que pagar 5,90 reais a mais. Por isso, levar a dívida por mais tempo acaba saindo mais caro. Você usa o serviço de empréstimo por um tempo maior, e por isso acaba pagando mais.
E como funciona lá no banco?
Quando é no banco a história é bem parecida. Você solicita à instituição financeira o valor que você precisa e combina como o pagamento será feito (em quanto tempo e com qual taxa de juros).
E sobre a taxa de juros, acho importante levantar a questão do Custo Efetivo Total que você paga. Clicando aqui você tem acesso a um texto escrito pela Keylla que aprofunda muito bem sobre este assunto, mas já antecipo que nem sempre a taxa de juros que o banco anuncia cobrar é o é cobrado de fato!
Bom, juros acordados, parcelas acordadas, tudo combinado e a vida segue.
Mas caso você decida por devolver parte do dinheiro (ou até mesmo a totalidade) antes do combinado você pode! Com isso, você usa o serviço de empréstimo por menos tempo e acaba pagando menos juros.
Especialmente em casos de financiamentos imobiliários essas amortizações antecipadas costumam fazer um efeito muito positivo, por normalmente se tratarem de dívidas muito longas e de valores muito significativos.
Um pequeno parênteses bem aqui
Percebe que nesta história toda tem gente que ganha e tem gente que perde dinheiro. Portanto, sempre que possível prefira estar na ponta de quem EMPRESTA.
Afinal, quem pega dinheiro emprestado PAGA os juros e quem empresta GANHA.
E se eu te disser que tem como você emprestar dinheiro para o banco e fazer ele te pagar algo de volta? E não só para banco, mas também para o governo ou empresas. Esse universo é extremamente acessível. Para você ter uma ideia, o exemplo mais comum e corriqueiro é a própria caderneta de poupança. Acontece que existem uma série de outras possibilidades tão seguras quanto, mas que pagam juros um pouquinho melhor. Se este assunto te interessa, sugiro que clique aqui para conhecer o nosso curso sobre Reserva Financeira e os investimentos mais seguros do mercado.
Por fim…
No serviço de consultoria financeira que a Papo de Valor oferece também atendemos pessoas que estão interessadas em rever suas dívidas e buscar a melhor maneira de fazer os pagamentos dentro da sua realidade (e não dentro do que o banco sugeriu).
Caso você se interesse, faço o convite para conhecer um pouquinho mais do nosso trabalho e me coloco a disposição para tirar qualquer dúvida que surja.
[…] Tem 25 anos, mora com os pais e não tem muitas despesas com moradia, não tem carro e não tem nenhuma dívida. […]