Isso é algo que ouço com muita frequência quando, na consultoria financeira ou fora dela, surge a questão sobre morar de aluguel ou morar em um imóvel próprio.
Eu entendo o ponto de quem considera que pagar aluguel é “jogar dinheiro fora”, afinal este é um dinheiro que vai e não volta mais – diferentemente do que acontece nos financiamentos, onde aquele valor que está sendo pago será revertido em um imóvel próprio ao final do contrato, se tudo correr conforme o previsto.
Mas o interessante desta frase é que ela já deixa implícito que é impossível utilizar o tempo morando de aluguel para – paralelamente – juntar o dinheiro necessário para fazer uma compra à vista futuramente.
Porém, você saiba que estudos (e números) indicam que em alguns casos a segunda alternativa é inclusive mais barata.
E como seria mais barato pagar e juntar do que só pagar?
O que muita gente deixa de levar em consideração é que, quando comparamos – para um mesmo imóvel – valor de parcela do financiamento com valor do aluguel o primeiro tende a ser significativamente maior.
Vale dizer que existem exceções: sejam subsídios ou até mesmo alguma questão pontual (de localização, tipo de imóvel, entre outros). E nestes casos, financeiramente, será melhor fazer a compra financiada.
Agora, olhando para a regra e deixando a exceção de lado, quem defende o “morar de aluguel até comprar à vista” se programa para algo mais ou menos assim: uma pessoa que tem dinheiro para pagar uma parcela de financiamento, também tem dinheiro para pagar o aluguel e investir o excedente. Por exemplo, se a pessoa tem condições financeiras de arcar com uma parcela de financiamento de 3.500 reais, mas ao invés de se endividar segue pelo caminho do aluguel e paga um valor mensal de 2 mil reais, então essa mesma pessoa tem disponibilidade de investir 1.500 reais todo mês.
Ótimo, a matemática é essa! E é claro que existem muitas outras questões além dos números para serem levadas em consideração. Mas em um cenário em que focamos neste quantitativo…
… Será que sempre compensa?
Definitivamente não. O valor que se paga no aluguel importa. O valor da taxa de juros de financiamento disponível importa. O quanto você já tem guardado até então importa. O fato de ter ou não FGTS importa. O valor da taxa Selic importa. O quanto você se propõe a gastar com possíveis reformas importa.
São muitas variáveis que compõe o cálculo para entender o que mais faz sentido no seu caso. Por isso é tão complicado simplesmente afirmar e divulgar que compensa financiar ou vice-versa. Cada pessoa tem o seu cenário, com a sua realidade e uma série de questões a serem avaliadas.
E vale dizer que nem só de números uma decisão dessas é tomada. Existem aspectos culturais, psicológicos, até questões sobre momento de vida. Isso significa que nem sempre a melhor decisão da “calculadora” é também a melhor decisão.
Cada um de nós tem suas próprias bagagens e experiências para entender como cada um desses aspectos pesam em sua vida, afinal temos diferentes sonhos, predisposições a risco, rendas, despesas, entre outros. E é confrontando os pesos dos aspectos qualitativos com o que a calculadora mostra é que podemos tomar uma decisão consciente e coerente com aquilo que nos propomos.
E foi pensando em descomplicar esta tomada de decisão a Papo de Valor criou o curso A CASA PRÓPRIA que tem como objetivo não só explicar os conceitos necessários para dar este passo, mas também oferecer as ferramentas para seguir no caminho que é mais adequado dentro do seu cenário. Tudo isso de um jeito simples, transparente e bastante didático.
E atenção! Essa é provavelmente uma das maiores compras que você vai fazer na vida
Quando falamos da compra de um imóvel falamos de valores significativos dentro do orçamento, falamos de imobilização de uma boa parte do patrimônio, em muitos casos falamos de dívidas, garantias, juros, e por aí vai.
Isso significa que é extremamente sensato se propor a refletir com bastante cautela e pé no chão sobre como realizar este sonho. Deixar os “achismos” de lado e se propor a um questionamento que seja crítico. Os atalhos que tanto buscamos são os mesmos que sistematicamente nos colocam em furadas muito caras e perigosas.
Portanto, faça as contas, questione, entenda os passos que você pretende dar. Tirar algum tempo para refletir com cuidado pode te economizar muito dinheiro e dor de cabeça. Então, se você tiver interesse em se aprofundar mais sobre este assunto, é só clicar aqui para conhecer o nosso curso ou clicar aqui para falar com uma das planejadoras financeiras da equipe sobre a consultoria financeira pessoal individual. Tenho certeza que de um jeito ou de outro a nossa equipe consegue te ajudar.
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