O livro “Pai Rico, Pai Pobre” é um dos grandes clássicos da literatura de finanças pessoais e investimento. Isso porque ele questiona os conceitos mais básicos do tema, os ensinamentos dos dois pais que ao longo da vida trilharam o sucesso do autor.
Reli este livro recentemente e separei 5 frases para refletirmos sobre o modo que lidamos com o nosso dinheiro.
1. Aprenda a usar suas emoções para pensar e não pensar com suas emoções.
Segundo pesquisas 95% das compras realizadas são decididas pela emoção e não pela razão. Já pensou? 95% do seu dinheiro é gasto sem pensar, sem analisar e a maioria das vezes, sem nem pesquisar preços.
Deixando o tema dinheiro de lado, já parou para analisar a quantidade de coisas que fazemos ao deixar as emoções dominarem a nossa vida?
Por outro lado, já imaginou viver a vida deixando as emoções de lado? Chato, não? O livro eleva o equilíbrio! Mas um equilíbrio no qual eu uso as minhas emoções para pensar racionalmente ao invés de deixa-la dominar as decisões.
2. A maioria das pessoas não percebe que na vida o que importa não é quanto dinheiro você ganha, mas quanto dinheiro você conserva.
Quantos são os filhos milionários que acabam com a fortuna em poucos anos? Ou os ganhadores de loteria que conseguem até entrar em dívidas maiores que o valor do prêmio?
E aqueles atores famosos que tiveram cachês altíssimos e hoje moram em asilos a depender de caridade.
O médico que ganha 30 mil e gasta 35 mil é mais pobre do que a diarista que ganha 1 mil e gasta 800 reais. Ele tem a mentalidade pobre. Veja que isso independe da renda mensal. Depende da forma com que cada um lida com o seu próprio dinheiro.
3. O dinheiro só acentua o padrão de fluxo de caixa que está na sua mente. Se o seu padrão for gastar tudo o que ganha, o mais provável é que um aumento de dinheiro disponível apenas resulte em um aumento de despesa. Como se diz popularmente: “Um louco e seu dinheiro fazem uma grande festa”
É a velha história do pai que está endividado e para acabar com as dívidas ele começa a trabalhar em dois empregos. Alguns meses depois ele se vê na mesma situação financeira além de muito mais cansado, obviamente. É aí que a mãe também começa a trabalhar dobrado para que o dinheiro extra pague as contas, o que não acontece….
Esse é o ciclo: Não tenho dinheiro – Aumento renda – Aumento despesas – Não tenho dinheiro – Aumento renda – Aumento despesas.
O que a maioria não vê é que o dinheiro nem sempre resolve o problema. É preciso mudar a mentalidade.
Aposto que você conhece uma pessoa que assume ter tido mais tranquilidade financeira no início da carreira quando ganhava menos. A chamada Corrida dos Ratos é cíclica e os juros embutidos fazem com ela fique cada vez pior.
4. Se você descobre que se enterrou em um buraco… pare de cavar
Saia da Corrida dos Ratos, é a mensagem que o livro “Pai Rico Pai Pobre” exclama do início ao fim. Se não está dando certo, pare e faça o certo.
Nesse mesmo trecho o autor ainda resume “Muitos dos grandes problemas financeiros são causados pelo desejo de se acompanhar a maioria e não querer ficar atrás do vizinho”.
É preciso esquecer os outros, o que eles fazem, o que eles compram, como eles vivem… e viver a sua vida, com as suas necessidades e o seu propósito individual.
Já pensou o quão triste é a vida de quem deixa os próprios sonhos de lado para viver os sonhos dos outros, da sociedade?
5. Como professor, reconheço que são o medo excessivo e a falta de autoconfiança os grandes empecilhos à manifestação do gênio pessoal. Partia-me o coração ver estudantes que sabiam as respostas e que, no entanto, não tinham a coragem de agir em consequência. Muitas vezes, no mundo real, não são os talentosos que vão em frente, mas os ousados.
Finalizo com essa frase e um dado do IBGE: 1% da população acima dos 60 anos é independente financeiramente. Os outros 99% dependem do trabalho, da família, da caridade, do governo…
E não importa o quão inteligente você é, o quão capacitado, o quanto sua renda é maior que a da maioria. Importa mesmo o que você faz com isso tudo.
E, se temos 1% da população idosa brasileira independente pode ter a certeza que esses 1% foram ousados o suficiente para fazer o que os 99% não puderam ou não quiseram fazer ao longo da vida.
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