Muita gente defende que comprar um imóvel é um investimento, será que é verdade mesmo?
Nesse artigo vamos abordar o que é um investimento e o motivo pelo qual essa pode não ser uma afirmação tão confiável assim!
O primeiro ponto é entender o que é um investimento
Investimento é aquilo em que você coloca dinheiro com o intuito de ganhar mais dinheiro em cima.
Quando falamos da aquisição de imóvel para moradia, dificilmente chamamos de investimento. Uma vez que, a intenção inicial nem sempre é a de utilizar a renda dos aluguéis e nem contar com a valorização para uma venda futura.
Porém, faz sentido entender esta aquisição como uma maneira de acumular e preservar patrimônio. E isso traz um outro questionamento: mas a que custo?
O quanto você paga por um imóvel pode variar muito a depender das condições de pagamento.
Uma pessoa que tem a oportunidade de comprar à vista consegue negociar um preço mais baixo. Assim como alguém com acesso à crédito com taxa de juros mais baixas paga um valor menor ao longo do tempo, e estes aspectos importam e muito.
E não só isso, para deixar você com a ‘pulga atrás da orelha’, queremos trazer 2 reflexões sobre a percepção de imóveis como investimento.
1 – Dizer que imóveis são ativos seguros
Existe essa crença muito forte de que imóveis são ativos seguros por pertencerem à economia real, ou seja, por serem algo que a gente consegue tocar, enxergar. Diferente dos investimentos ali do mercado financeiro, que são ativos mais abstratos e, por muitas vezes, menos compreendidos por uma grande parcela da população.
Mas este tipo de pensamento e ‘comparação’ deixa de lado a solidez do mercado financeiro que conta com todo um universo de instituições responsáveis por fiscalização e regulação.
2 – Acreditar que imóveis irão valorizar
Outra crença bastante presente é a de que imóveis vão necessariamente se valorizar com o passar do tempo.
Todo mundo conhece a história de alguém que comprou um “terreno” há algumas décadas ou até mesmo um apartamento ou casa, que posteriormente vendeu por um valor bem mais alto.
Bom, é muito importante – para que a análise seja acertada e justa (lembram da contabilidade mental?) – levar em consideração fatores como:
- Quais foram TODOS os custos envolvidos no processo (cartório, impostos, IPTU, corretagem, valor de compra, valor de venda);
- Qual foi a inflação do período?
- E em especial, o que aconteceu na região daquele terreno ou imóvel?
Há alguns anos o Brasil era um país predominantemente rural, uma série de terrenos foram adquiridos por valores relativamente baixos. O que fez com que esses terrenos tivessem o seu valor de venda aumentado de forma significativa pela inclusão de infraestrutura na região com o passar dos anos.
Ou seja, um lugar que antes não tinha nada, passou a contar com energia elétrica, saneamento, etc, e tudo isso oferecido pelo Estado.
Era mesmo de se esperar que houvesse uma significativa valorização dos mesmos (junto com o crescimento da economia do país como um todo, diga-se de passagem). Mas a realidade que encontramos hoje em dia é bem diferente.
É preciso estudar (e muito) sobre o assunto
A nossa intenção aqui não é indicar que “não vale a pena investir em imóveis”, mas é importante ter clareza que este não é um investimento trivial, onde qualquer um que entra ganha dinheiro.
Aproveito para fazer um gancho com a Psicologia Econômica. Estudos sugerem que quanto maior a autoconfiança, maior a chance de erro, já que se deixa de lado outras possibilidades que fogem ao que foi projetado. Então tenha muito cuidado ao assumir que a própria capacidade é superior à da maioria.
É preciso estudar (e muito) sobre o assunto para ter sucesso. Aproveite para compartilhar esse artigo com algum amigo(a), que quer saber mais sobre o assunto!
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