Se tem uma coisa que a pandemia do novo coronavírus escancarou na nossa frente, é o quanto estamos conectados. Vivemos em comunidade, compartilhamos os espaços, estabelecemos acordos coletivos de convivência, política, financeiros… dependemos uns dos outros para funcionarmos como sociedade.
O sistema financeiro também opera da mesma forma. Governos, bancos, empresas e famílias dependem uns dos outros para que todo o grupo funcione. Por isso, em meio à crise de saúde e financeira que vivemos, algumas empresas estão tomando medidas para reduzir os danos de inadimplência. Se você deparou-se pensando, qual conta priorizar neste momento, vou te apresentar alguns caminhos possíveis.
Aluguel
Deixar de pagar o aluguel pode levar a ações judiciais e até ao despejo. Mas, devido a calamidade pública, os proprietários estão mais abertos a negociações. Por isso, vale a pena tentar um acordo. Lembrando-se que em alguns casos o aluguel é a principal fonte de renda do locador, assim, o acordo precisa funcionar para ambas as partes. Você pode negociar uma redução do valor, um parcelamento, um prazo para pagamento, uma troca onde você prioriza o pagamento do condomínio e IPTU nesse período, e paga o aluguel em outro momento. O importante é que ambos cheguem a um acordo consensual.
Condomínio e o IPTU
O mesmo vale para o condomínio, o melhor caminho é tentar um acordo. Agora, quanto ao IPTU, algumas prefeituras estão concedendo benefícios tributários como a suspensão de pagamentos, outras oferecem descontos que vão de 25% a 100% dependendo do tamanho do imóvel, há também projetos de lei que visam a prorrogação dos tributos.
Em Goiânia, um projeto foi requerido a prefeitura que pede a suspensão da cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Territorial Urbano (ITU) por 60 dias. Vale buscar mais informações para saber quais são as medidas que estão sendo tomadas na sua cidade, tanto para tributos, quanto para conselhos de classe profissional.
Água, Energia
Alguns estados já apresentaram medidas emergenciais como a proibição de cortes do serviço, o adiamento do vencimento por um prazo determinado, em alguns casos até suspensão de pagamento.
Aqui, em Goiás, a concessionária que fornece energia (Enel) e água (Saneago) não irão suspender o fornecimento dos serviços em caso de não pagamento da conta na data do vencimento, até passar esse período de crise da pandemia. Busque informações nos canais das concessionárias da sua cidade para saber quais são as possibilidades oferecidas.
Financiamentos e bancários
Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander estão abertos a atender pedidos de prorrogação, por até 60 dias, do vencimento de dívidas. Saiba mais aqui nesse artigo que compilamos todas as medidas dos bancos.
Cursos, Escolas, Academia
O consumidor não pode ser obrigado a pagar por um serviço que foi impossibilitado de usufruir. Alguns cursos, seguem oferecendo suas atividades de maneira remota e dessa forma, é possível dá continuidade no atendimento. No caso das academias, é possível que a cobrança de mensalidade seja suspendida no período que estiver fechada ou seja negociado uma espécie de crédito. Se for necessário cancelamento de contrato, a academia não poderá cobrar multas por rescisão. Já as escolas, devem fornecer meios alternativos para que o aluno continue estudando. Se, por algum caso específico, o fato de suspender as aulas prejudicar de alguma forma o aluno e não for possível dá continuidade em um outro momento, esses fatos podem dá o direito do cancelamento do contrato sem a cobrança multa, ou reembolso dos pagamentos antecipados. Aqui, novamente, vale um contato para negociação do retorno desses serviços e pagamentos.
Empresas de seguro de vida, plano de saúde, telefonia e internet não apresentaram nenhuma medida de ordem financeira até a publicação desse artigo.
Vale ressaltar que estamos vivendo uma situação excepcional, portanto é preciso entrar em contato com as empresas e fornecedores para discutir quais são as alternativas oferecidas para esse momento.
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