Sair da casa dos pais é um sonho de muitos, mas que exige uma certa clareza e planejamento para que esse sonho não se torne um pesadelo.
Há dois anos eu escrevi um artigo aqui para o blog contando um pouco da minha experiência quando decidi morar sozinha. Nele compartilhei alguns itens a serem considerados antes de tomar essa decisão.
Hoje, volto aqui para compartilhar com vocês o que aprendi, dificuldades e percepções que tive durante esse período.
O que eu tinha planejado precisou ser adaptado
Ter um bom planejamento para realizar o meu sonho na época, foi o que me deu segurança para recalcular a rota quando me vi em um cenário bastante diferente do que imaginei.
Duas dessas principais mudanças, aconteceram influenciadas bastante pelo período que vivemos nesses últimos anos com a COVID-19.
Uma das estratégias que compartilhei na época foi sobre a escolha do local.
Naquele momento, para mim, fazia sentido escolher um local próximo do escritório para que eu pudesse economizar com combustível no trajeto e também ter a possibilidade de vender o meu carro.
Acabou que, com apenas alguns clientes fazendo questão do presencial atualmente, 85% da minha jornada é realizada em home office. Além disso, agora tenho uma companheira, a Nina – minha cachorrinha.
Com ela é mais desafiador me deslocar sem ter um carro (sim, eu levo ela para todos os lugares comigo!), então a venda saiu de questão.
Mesmo com as adaptações, não tenho arrependimentos!
Por um tempo fiquei me questionando se deveria me mudar, uma vez que morar próximo do escritório não era algo mais tão relevante na minha rotina assim.
Mas a verdade é que a gente se apega a lugares, né? Com isso percebi que mesmo as circunstâncias mudando, é o local onde estou agora que quero continuar.
Precisamos falar sobre a alta da inflação!
Ainda como um reflexo da pandemia, estamos com a inflação bem alta. Esse aumento geral nos preços de bens e serviços impacta na redução do nosso poder de compra.
Só nos últimos 12 meses ela está acumulada em 11,73% a.a. (referência Junho/2022)
E não tem para onde fugir, isso reflete diretamente nos nossos gastos com despesas como: alimentação, farmácia, transporte, serviços… Afinal, está tudo mais caro!
Esse aumento alterou o valor que eu tenho para outras despesas, como lazer, compras etc.
E aqui vai um recado: encarar essa realidade é MUITO necessária (e desafiadora também!) para que você não saia gastando e leve um susto no final do mês.
Como tenho me adaptado com esse novo cenário
Rever as metas dos meus gastos em momentos assim é de extrema importância. Essa ação me ajuda a reavaliar o que de fato é prioridade nesse cenário.
Consigo entender também o que será preciso cortar ou alterar para fazer com que todas as despesas caibam no meu orçamento.
Nesse momento, não adianta apenas a gente falar “ah, mas o combustível tá mais caro” ou “o preço dos itens do supermercado subiu”. E seguir passando tudo no cartão de crédito (em muitos casos até parcelando), sem antes olhar para o que precisa mudar no fluxo financeiro.
Existem gastos que estão diretamente ligados à nossas escolhas e outros nem tanto, porque são mais “básicos”.
Mas ainda assim, conhecer e perceber o impacto disso no que você recebe vai te ajudar a encontrar as mudanças necessárias.
Se precisar de ajuda nesse processo, vale a pena conhecer sobre a nossa consultoria financeira.
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Alimentação para quem mora sozinho pode ser bem desafiador mesmo
Para finalizar, quero comentar a experiência de cozinhar ao invés de ficar pedindo comida por aplicativos de delivery.
Cozinhar, pra mim, com certeza foi um dos maiores desafios!
Além de preparar a refeição é preciso ir ao supermercado, e tirar um tempo pra esse momento. Fato é, eu não tava acostumada com essa rotina.
Assim que sai da casa dos meus pais, nos meus primeiros meses acabei me enrolando e comendo muito mal. E isso aconteceu por dois motivos:
- Eu não ia com frequência ao supermercado e sempre faltava algo em casa;
- Não separava um tempo para cozinhar, e acabava quase sempre comendo uma tapioca ou omelete de almoço.
O resultado disso prejudicou diretamente a minha saúde.
No entanto, como olhar para o financeiro sempre foi tranquilo pra mim, acabei não indo pelo caminho de só pedir delivery.
Eu tinha total clareza de que essa prática não cabia dentro do meu orçamento, apesar de ser bem mais cômodo e fácil.
Durante as consultorias, muitos clientes ficam assustados quando levantamos os gastos com alimentação e delivery.
A praticidade de entrar no aplicativo e pedir o que você quer naquele momento pode ser um grande vilão e um grande vazamento de dinheiro no seu orçamento mensal.
Mas também há pessoas que conseguem se organizar e planejar para pedir sem comprometer o planejamento.
Outras, acabam fazendo como eu que passei a me organizar e dedicar tempo na minha rotina para cuidar da minha alimentação.
O grande aprendizado desses últimos anos
Sair da casa dos meus pais e morar sozinha me mostrou ainda mais a importância de sermos responsáveis com o nosso dinheiro.
Assim como o de encarar a realidade do padrão de vida que cabe ou não no orçamento.
Afinal, se não decidirmos quais são as nossas prioridades, alguém fará isso por nós! Mas isso é assunto desse outro artigo aqui.
Se você gostou desse artigo, aproveite para compartilhar com mais pessoas que podem se beneficiar das reflexões levantadas!
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